[ Ocupação Oxigênio ]

(São Paulo)



Em sua terceira edição, a Ocupação Oxigênio cresce, em número de artistas, e volta ao Parque Buenos Aires. O local tornou-se de fato uma espécie de fórum, onde os artistas passam a celebrar anualmente a vontade de reinventar a vida, via a relação arte e natureza, que toma corpo na obra de cada um.

Exposição de Alzira Fragoso, Beth Moyses, Beto Borges, Claudio Bueno, Dácio Bicudo, Evandro Nicolau, Fernanda Cobra, Fernanda Eva, Georgia Vilela, Gustavo Garcetti, Guto Lacaz, Isabelle Ribot, Jose Roberto Aquilar, Katia Canton, Laerth Motta, Lucila Meirelles, Luiz Carlos de Carvalho, Monique Allain, Naiah Mendonça, Nair Kremer , Regina Carmona, Regina de Barros, Renata Sandoval, rodrigo pasarello, Rodrigo Sassi, Sandra Martinelli, Serge Huot e Vladimir Santos Oliveira.

Curadoria de Dácio Bicudo e Katia Canton.

saiba mais: http://ocupacaooxigenio.wordpress.com/

abertura: 18/09/2011, domingo, 11h
até: 30/09/2011

Parque Buenos Aires
Praça Buenos Aires - Higienópolis
diariamente, 7h - 18h

[ Concurso de Videoarte da Fundação Joaquim Nabuco ]

(Nacional)

Com a finalidade de incentivar a produção audiovisual de caráter experimental, o Concurso de Videoarte da Fundação Joaquim Nabuco seleciona e premia projetos artísticos que utilizam suporte em vídeo para sua apresentação final. Em sua 5ª edição, o concurso premiará até duas propostas concedendo a cada uma delas prêmio no valor de R$ 25.000,00.

As inscrições são gratuitas e deverão ser realizadas, pelos proponentes ou seus procuradores, na Coordenação de Artes Plásticas da Fundaj, até 30 de setembro de 2011, das 8h às 12h e das 14h às 18h.

baixe o edital aqui.

baixe a ficha de inscrição aqui.

Será admitido pedido de inscrição via correio para o endereço discriminado abaixo, postado até 30 de setembro de 2011.

Inscrições até 30 de setembro de 2011

Informações e Inscrições:
Coordenação de Artes Plásticas
Diretoria de Cultura
Fundação Joaquim Nabuco
Rua Henrique Dias, 609 - Derby - Recife - PE - 52.010-100
Telefones (81) 3073.6692 | 30736691
De 2ª a 6ª feira, das 9h às 12h e das 14h às 18h.
Endereço eletrônico: artes@fundaj.gov.br

Requisitos para inscrição conforme o Regulamento:

Poderão participar pessoas físicas residentes no Brasil. Os concorrentes deverão apresentar o pedido de inscrição dos Projetos mediante requerimento dirigido à Fundação Joaquim Nabuco, no endereço acima, contendo dois envelopes lacrados, um destinado ao Projeto Técnico e outro à Documentação de Habilitação.

O Projeto Técnico deverá conter os seguintes itens, preenchidos no formulário específico:

I. Título do Projeto
II. Sinopse do Projeto com no máximo 3 (três) laudas;
III. Roteiro com divisão por Seqüências e os Diálogos desenvolvidos, quando couber;
IV. Orçamento;
V. Plano de Produção e Cronograma

Cada concorrente só poderá inscrever 1 (um) projeto. Serão consideradas habilitadas as pessoas físicas que apresentarem a seguinte documentação:

I. Comprovante de que reside há pelo menos dois anos no Brasil;
II. Declaração de Compromisso do concorrente em complementar os recursos de produção da obra de videoarte proposta, na hipótese de os custos excederem o valor do Prêmio estabelecido, sem prejuízo dos prazos estabelecidos neste Regulamento;
III. Currículo resumido do concorrente, com no máximo 1 (uma) lauda;
IV. Cópias autenticadas da Cédula de Identidade e do CPF;
V. Certidão Conjunta da Receita Federal e Dívida Ativa da União.
VI. Declaração formal e expressa de que o projeto apresentado é inédito, informando estar de acordo com este Edital e com as decisões da Comissão Julgadora, quanto aos resultados da seleção.

[ Por um equilíbrio de forças ]

(na mídia)



por Luisa Duarte
fonte: Segundo Caderno - O Globo - 19 de setembro de 2011

Em meio ao frenesi da ArtRio, é hora de pensar na fragilidade dos outros pontos do circuito

O desejo não é fazer o papel de quem vem estragar a festa munida de algum tipo de frustração ou recalque. Nem de longe são estes os afetos que mobilizam esse texto. Mas sim uma necessidade de se instaurar um debate em meio ao alarido causado pelo sucesso da feira ArtRio, ocorrida na semana passada. Um êxito de vendas e de público – segundo a organização foram negociados em vendas de obras cerca de R$120 milhões e mais de 30 mil pessoas estiveram nos armazéns ao longo dos cinco dias de evento.

Antes de mais nada, faço coro aos que elogiam a feira, estive lá e, de fato, parecia muito bem produzida e organizada, bem como acho fundamental que o Rio de Janeiro volte a ter um papel relevante no circuito da arte do país depois de anos e anos eclipsado.

Uma feira é um dos vetores de um circuito de arte. O valor cultural e econômico de um trabalho de arte é estabelecido por uma espécie de rede que inclui diversos agentes – galerias, colecionadores, curadores, recepção do público, museus, instituições, jornalistas, críticos. O mercado tem um lugar nessa rede que valida artistas e suas obras, mas em um circuito desequilibrado como o nosso o lugar ocupado pelo mercado está, hoje, grande demais. E o problema não está no mercado, este faz cada vez melhor o seu papel. O problema está em outros pontos do circuito. Em um cenário no qual museus e instituições são extremamente frágeis, no qual acervos e coleções públicas são escassas, no qual o espaço para a crítica de arte é cada vez menor, em um cenário como este é preciso parar e pensar quando se testemunha um frenesi como o que se viu durante e após o sucesso da ArtRio.

Artistas se referindo ao evento como um “momento mágico”... Menos, menos. Seu sucesso é inquestionável e sua existência bem vinda. Mas será que a mesma elite econômica da cidade e do país que foi até a feira gastar o seu dinheiro tem olhos abertos para as instituições da sua cidade e do seu país – como vai o MAM, como vai o MASP? Vejam bem, acho que feira é feira, espaço não de reflexão e educação, mas de venda e compra de arte - mesmo que espaços curados como os Solo Projects promovam um respiro “reflexivo”. Assim, não reclamo para a feira um papel que não é o dela, mas reclamo da sociedade, de nós mesmos, dos agentes do circuito e do poder público – forte aliado da ArtRio – um olhar mais atento para as fragilidades do circuito como um todo.

No circuito do país, tanto o espaço para o exercício da crítica é escasso, quanto a formação de acervos públicos é frágil. A crítica é um lugar no qual elementos como aposta e dúvida têm vez. A presença da crítica é fundamental na constituição de um espaço público da arte. Na crítica existe a chance de se rever o consenso e contribuir para uma história da arte que nem sempre coincide com aquela desenhada pelo mercado. Já as coleções públicas de museus e instituições são os lugares por excelência para se contar uma história da arte e, consequentemente, os lugares para uma educação do olhar. Sem falar que espaços de ponta como um MoMa (Nova York) e uma Tate Modern (Londres) são hoje verdadeiros chamarizes turísticos de suas cidades. Só que, nestes casos, existe a inteligência de se aliar o turismo que rende dinheiro, com um papel consciente de elites econômicas que contribuem para a existência daquelas coleções públicas. No Brasil as elites econômicas ainda não têm essa consciência. É exemplar o caso do MASP. Na última década o museu chegou a ter a luz cortada por falta de pagamento quando era então presidido por Julio Neves, por sua vez arquiteto do edifício que abrigava a Daslu, o então maior complexo de vendas de roupas de luxo do país. Proximidade com os donos do dinheiro nunca faltou ao MASP. Mas se pergunte se alguém, algum dia, hesitou em gastar R$ 10.000 em uma roupa ou, no lugar disso, contribuir minimamente para o acervo do MASP ou a manutenção do maior museu da sua cidade e empreender assim um papel de cidadão que intervém no destino público da arte realizada no país em que vive e no qual crescerão os seus filhos?

A maior coleção de arte construtiva do Brasil, de Adolpho Leirner, foi oferecida mais de uma vez para instituições brasileiras. Nenhuma delas se interessou ou encontrou condições para viabilizar a compra. Resultado, a coleção encontra-se hoje em uma instituição norte-americana. O mesmo ocorreu com parte da obra de Helio Oiticica. Esses fatos relatam a nossa própria incapacidade de preservar e exibir tesouros da nossa cultura. Estes seriam passos fundamentais para a formação de um país, de uma cultura, e da gente que aqui vive.

Em um circuito de arte cujas forças são tão desequilibradas como é o caso do Brasil é preciso, em meio ao frenesi causado pelo evento ArtRio, recordar a nossa precariedade de fundo. A arte tem, em si mesma, uma capacidade de crítica, de ruído, de atrito com o mundo – “I shop therefore I am”, trabalho de Barbara Kruger que ilustra esse texto fala criticamente sobre a arte como mercadoria mimetizando a lógica da publicidade. Não edulcorar a relação entre arte e mundo, não domesticar a arte, é também o que pode ocorrer quando temos um circuito mais equilibrado. Ou seja, temos em mãos o desafio de instaurar um contexto no qual o descompasso entre os diversos vetores que constituem o circuito da arte seja menor. Para isso é preciso ter olhos abertos para perceber a importância de uma feira de arte, bem como também notar a fragilidade do contexto no qual ela está inserida.

Luisa Duarte, setembro 2011

[ Álbuns Litográficos ]

(Recife)



Galeria Dumaresq traz exposição paralela ao SPA das Artes

Com programação paralela à Semana de Artes Visuais de Pernambuco, SPA das Artes, a Dumaresq Galeria de Arte apresenta a exposição “Álbuns Litográficos”. Até o próximo dia 17, ficam à mostra quatro álbuns de litografia produzidos recentemente na Oficina Guaianases de Gravura, da UFPE. Os trabalhos expostos são de renomados artistas plásticos pernambucanos como Ana Lisboa, Luciano Pinheiro, Sebastião Pedrosa e Renato Valle.

A exposição traz trabalhos de 2010 e 2011 como “Escada para o céu” (Ana Lisboa), “Nus e Inquisições” ( Luciano Pinheiro) e “Escritas secretas” (Sebastião Pedrosa). A série “Histórias de obsessão e outras histórias” ( Renato Valle) foi produzida em 2009. As litografias expostas representam um importante papel na retomada da produção litográfica pernambucana e instigando a relevância da gravura para a cidade.

Dumaresq Galeria de Arte
Rua Professor Augusto Lins e Silva, 1033, Boa Viagem, Recife/PE
Funcionamento: Segunda a Sexta, das 9h às 18h
Sábado, das 09 às 13h
Fone: (81) 3341.0129
www.dumaresq.com.br

[ Lygia Pape e Tunga ganharão galerias próprias em Inhotim ]

(na mídia)
por Roberto Kaz, Folha de S. Paulo
fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq0509201118.htm

Os artistas Lygia Pape (1927-2004) e Tunga terão galerias exclusivas no Instituto Inhotim, centro particular de arte contemporânea em Brumadinho (MG).

As galerias, que devem ficar prontas no próximo ano, vão se somar às já existentes, que são dedicadas aos artistas plásticos Hélio Oiticica (1937-1980), Cildo Meireles e Adriana Varejão.

Os projeto, aos quais a Folha teve acesso, estão na nova edição da revista de arquitetura "Monolito", e são da dupla Thomaz Regatos e Maria Paz, do escritório Rizoma, que ainda desenha uma terceira galeria, para o artista Nuno Ramos.

Regatos, 30, diz que os edifícios foram projetados de forma a não entrar em conflito com as obras: "Quem tem que aparecer é o artista".

Ele conta que por isso fez uma galeria fechada e escura para abrigar a peça "TTeia", de Lygia Pape, que consiste em fios que imitam feixes de luz (imagens abaixo).

Já a galeria dedicada à obra de Tunga teve processo oposto: "Nós nos encontramos quatro vezes. Ele queria uma galeria aberta, com paredes de vidro, para que pudessem ser vistas as obras pelo lado de fora".

O Instituto Inhotim também está erguendo um edifício -a Grande Galeria- dedicado às exposições temporárias. O projeto é do escritório Arquitetos Associados.

imagens a seguir: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1439391

Galeria Lygia Pape


Galeria Tunga